A tanatopraxia é a técnica de conservação de corpos mais utilizada no setor funerário, e podemos dizer que sua introdução no Brasil foi um divisor de águas, possibilitando cerimônias de despedidas mais longas, seguras e proporcionando aos familiares um velório mais digno. Mas como o assunto é delicado, o procedimento ainda pode gerar dúvidas. O imaginário popular ainda não tem uma ideia definida do que é a técnica, e é ai que surge o perigo.
Como explicar o procedimento da tanatopraxia para a sociedade? Este é o desafio dos profissionais funerários que lidam diariamente com os clientes, comercializando e recomendando o serviço. Mas o que temos observado é que, pelas redes sociais, há muita desinformação sendo divulgada, principalmente com postagens de fotos que indicam, ou sugerem, uma má ideia do que é a preparação de corpos para velórios. E isto pode prejudicar as empresas funerárias, dificultando o trabalho de comercialização e aumentando o preconceito da população em relação ao setor.
Quem faz o alerta é o empresário Clayton Marchioro, diretor da Protanato. "Primeiramente enfatizamos que na tanatopraxia não abrimos o corpo e nem retiramos órgãos. O procedimento é realizado substituindo o sangue por fluido conservante num processo parecido com a hemodiálise. Após a tanatopraxia o ente falecido fica limpo, com uma aparência saudável, de paz e de descanso, e os familiares podem abraçar, beijar e guardar uma boa lembrança", explica Marchioro.
O empresário, que também ministra cursos de tanatopraxia em todo o Brasil, é diretor funerário, escritor e pesquisador, reforça que empresas funerárias, em especial as clínicas de preparação, precisam ter responsabilidade sobre o que divulgam. "Meu alerta faz-se necessário em virtude de pessoas insensíveis postarem vídeos e fotos de órgãos e instrumentais que dizem estar relacionados com a tanatopraxia, o que, além de não corresponder com a realidade, ferem a sensibilidade pública, desinformam e empobrecem o serviço funerário. A dignidade do ser humano deve ser protegida e enaltecida por nós, agentes funerários, através do exercício da ética, do bom senso, do amor ao próximo e à nossa profissão", disse Marchioro.
Clayton Marchioro finalizou pedindo apoio ao setor. "Ajudem-nos a proteger a nossa profissão de tanatopraxista não apreciando, disseminando e nem compartilhando postagens inadequadas que em nada contribuem, antes desonram e prejudicam a imagem da tanatopraxia perante a sociedade".
Com informações da Assessoria de comunicação da Protanato.