Era vontade
do funcionário público aposentado Djahir Brites, ter o corpo cremado após a
morte. Pelo menos é o que relata sua filha mais nova, Lidiane, que assinou com
a mãe e outros três irmãos a autorização para a cremação ocorrer em Campo
Grande, no Mato Grosso do Sul.
Mas a
situação virou caso de justiça e o corpo está há mais de 15 dias aguardando a
realização dessa última vontade, pois um filho que Djahir teve com a primeira
esposa, não aceita a cremação.
Segundo Lidiane,
o irmão enviou uma mensagem pedindo que respeitem sua vontade, e não atende
mais as ligações, além de ter bloqueado os contatos da família no Whats App.
Segundo os
familiares, o motivo da divergência é religioso, pois ele acredita que, se
houver ressurreição dos mortos, o pai não vai ressuscitar porque o corpo virou
cinzas.
O corpo do aposentado está devidamente armazenado na Pax
Nacional, que exige autorização de todos os filhos e da esposa do morto, ou
então documento autenticado que comprove vontade expressa em vida.
O advogado contratado pelos familiares que desejam a
cremação, Marco Antônio Castello, explicou que é uma questão de interpretação da
lei, e que o consentimento da esposa já é suficiente. Depois de tentar e não
conseguir resolver a situação extrajudicialmente, o advogado já entrou com
pedido judicial.