A operação "Mercadores da Morte" foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) em Santa Catarina, em apoio à 29ª Promotoria de Justiça da Capital e à 11ª Promotoria de Justiça de Criciúma. O objetivo da operação é investigar um suposto cartel no ramo funerário, com a realização de 32 mandados de busca e apreensão. De acordo com as investigações, o esquema teria começado em Florianópolis e estaria se expandindo para Criciúma, com empresas do ramo funerário estabelecendo regras e valores superfaturados dos serviços. Essas empresas estariam controlando os preços de forma a eliminar a concorrência.
A operação contou com a participação de 118 policiais do GAECO e os mandados foram cumpridos em Florianópolis, São José e Criciúma. Durante as buscas, foram apreendidos mais de R$ 200 mil em dinheiro, mais de R$ 340 mil em cheques, mais de 2 mil dólares, além de documentos relacionados a edital de concorrência pública, documentos de renovação e celulares.
Outras cidades serão investigadas
De acordo com informações obtidas, há fortes indícios de que os investigados nas operações realizadas em Criciúma e Florianópolis também estão envolvidos em esquema semelhante na cidade de São José. As autoridades estão munidas das provas coletadas durante as operações anteriores e acredita-se que seja apenas uma questão de tempo para que cheguem aos investigados também na comarca de São José.
Além disso, informações apontam para a possibilidade de os investigados estarem progredindo com o mesmo intento para a cidade vizinha de Biguaçu. Espera-se que as autoridades estejam atentas aos indícios e estendam as investigações para essa região, a fim de desmantelar o "cartel funerário" e garantir a livre concorrência nesse setor.
Cassação das concessões
Caso as investigações confirmem a participação das empresas funerárias no "cartel funerário", é provável que as autoridades tomem medidas enérgicas, incluindo a cassação das concessões dessas empresas. Essa ação será um marco importante na derrocada dos cartéis e monopólios nas cidades catarinenses, garantindo a transparência e a livre concorrência no setor funerário.